Canoagem e o equilíbrio corporal dos
atletas
A origem da canoagem de acordo com
Cuattrin (2002) é muita antiga, sendo encontrado relatos de uma das primeiras
embarcações por volta de 400 a.C. Apesar de ser um esporte antigo, foram os
índios norte-americanos que obtiveram maior proveito da canoagem, pois eles
perceberam que com as canoas, facilitava a caça, a pesca, o deslocamento e
transporte de utensílios e etc (LEMOS; et al, 2007). Porém somente em 1936, em
Berlin, a canoagem se torna um esporte olímpico (NAKAMURA; et al, 2004).
Nessa modalidade, o equilíbrio corporal
é uma importante capacidade física para a estabilidade da embarcação. De acordo
com Duarte (2000) o corpo humano nunca está submetido a condição de equilíbrio
perfeita, oscilando constantemente, mesmo quando permanece em pé, sendo então,
essa variável chamada de equilíbrio quase estático. Segundo Böhme (2003) o
equilíbrio corporal é fundamental para as atividades diárias, mas
principalmente para os esportes, sendo um dos componentes da aptidão física
relacionado a saúde.
Na canoagem o equilíbrio corporal do
atleta pode ser prejudicado por diferentes fatores. A dor lombar é um causador
desse desequilíbrio (LEMOS; SILVEIRA, 2011). A elevada carga de treinamento
exigida para a melhora da técnica da remada, é um dos fatores que causam dores
lombares e lesões nos atletas, sendo as lesões outro fator que afeta o
equilíibrio postural dos atletas de canoagem (HENSEL; PERRONI; JUNIOR, 2006).
Segundo Lemos et al (2010) esse desequilíbrio corporal influência não somente
no desempenho do atleta, mas também na sua saúde.
De acordo com Lemos el al (2009) a
modalidade canoagem ainda é uma área pouco investigada no que tange o
entendimento das adaptações causadas no sistema de manutenção do equilíbrio.
Referências
CUATTRIN, S. A.
Monitoração da freqüência cardíada durante treinamentos e competições na
canoagem de velocidade: um estudo de caso. Trabalho
de conclusão de curso (Graduação em Educação Física) – Universidade Federal
de Londrina. Londrina, 2002.
LEMOS, L. F. C.; et al.
Metodologia para o aprendizado da canoagem. EFDeportes, v.12, n.114, 2007.
NAKAMURA, F. Y.; et al. Estimativa
do curso energético e contribuição das diferentes vias metabólicas na canoagem
de velocidade. Revista Brasileira de
Medicina do Esporte, v.10, n.2, p.70-77. 2004.
DUARTE, M. Análise estabilográfica da postura ereta
humana quasi-estática. Tese para o concurso de livre docência na área de
biomecânica. Universidade de São Paulo. São Paulo, 2000.
LEMOS, L. F. C.; SILVEIRA,
M. C. Equilíbrio quase estático de canoístas: revisão sistemática. Atividade física, Lazer e Qualidade de
Vida, v.2, n.1, p.83-91, jun 2011.
HENSEL, P.; PERRONI, N.
G.; JUNIOR, E. C. P. Lesões musculoesqueléticas na temporada de 2006 em atletas
da seleção brasileira feminina principal de canoagem velocidade. Acta Ortop Bras, v.16, n.4, p.233-237,
2008.
LEMOS, L. F. C; et al.
Equilíbrio corporal de atletas da sweleção brasileira feminina de canoagem
velocidade. Revista Brasileira de
Biomecânica, v.9, n.18, p.21-28, 2009.
LEMOS, L. F. C.; et al.
Lombalgia e o equilíbrio corporal de atletas da seleção brasileira feminina de
canoagem velocidade. Revista Brasileira
de Cineantropometria e Desempenho Humano, v.12, n.6, p.457-463, 2010.