sexta-feira, 6 de novembro de 2015

O crescimento do tênis brasileiro possui nome e sobrenome.

Os esportes segundo Gaya (2006) estão divididos em quatro segmentos: o esporte de alto rendimento, o esporte escolar ou como meio para educação, o esporte de lazer e o esporte de reabilitação. Por conta dessa divisão, os adeptos buscam as práticas com objetivos distintos, dando ao esporte um significado plural e com diferentes sentidos (CORTELA et al, 2012). Os autores ainda afirmam que o número de praticantes na sociedade contemporânea cresce cada vez mais.
            O tênis não é exceção quando o assunto é o crescimento no número de adeptos. Segundo Hirota et al (2011) o tênis é um dos esportes que mais cresceram nos últimos anos, se tornando umas das modalidades mais praticadas no mundo (CORTELA et al, 2012). Segundo Teles e Salve (2004) o Brasil sofreu um aumento na demanda pela prática do tênis, após a vitória do brasileiro Gustavo Kuerten em Rolland Garros, em 1997. Após o título de 1997, vieram mais o de 2000 e de 2001 no mesmo local. Essas inesquecíveis conquistas do brasileiro impulsionaram o mercado interno, criando um movimento chamado de “Era Guga”, no qual se observou um aumento significativo no número de adeptos (MUELLER, MIRANDA, 2006).
            Após a “Era Guga” as quadras públicas, de escolas e clubes estão cada vez mais cheias e concorridos, as acadêmias de tênis têm cada vez mais alunos interessados em aprender esse esporte (TELES, SALVE, 2004). Porém segundo Muller e Rodrigues (2009) o tênis ainda é considerado um esporte de elite, sendo restrito a uma pequena parcela da população. Além dessa limitação citada, a escassez de profissionais capacitados têm ausentado o tênis do ambiente escolar, deixando de atender uma enorme parcela da população (DIAS, 2002). Apesar da modalidade conter alguns empecilhos para a continuidade do seu crescimento, fica evidente que o tênis brasileiro é um antes da “Era Guga” e, outro após as conquistas do tenista.



Referências

GAYA, A. Corpos esportivos: O esporte como campo de investigação científica. In: TANI, G.; BENTO, J.O.; PETERSEN, R.D.S. Pedagogia do desporto. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 101-112.

CORTELA, C.C.; et al. Iniciação esportiva ao tênis de campo: um retrato do programa play and stay à luz da pedagogia do esporte. Revista da Faculdade de Educação Física da UNICAMP, v.10, n.2, p.214-234, ago 2012.

HIROTA, V.B.; et al. A influência da origem motivacional durante o treinamento de atletas iniciantes no tênis de campo. Revista Mackenzie de Educação Física, v.10, n.2, 2011.
TELES, W.A.; SALVE, M.G.C. Qualidade de vida através do tênis. Movimento & Percepção, v.4, n.4, p.28-39, dez 2004.

MUELLER, J.; MIRANDA, M. Tênis. In DA COSTA, L. Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2006. p. 8.70-8.72.

MUELLER, J.; RODRIGUES, O.A.F. O tênis nas escolas: uma prática apropriada a cultura escolar. In: BALBINOTTI, C. et al. O ensino do tênis: novas perspectiva de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 61-79.


DIAS, J. M. et al. O ensino e aprendizagem de Tênis nos cursos de Educação Física. In: JORNADA INTERNACIONAL DE TREINAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO TÊNIS, 4. Florianópolis, 2002. Anais... Florianópolis: NETEC, 2002. p. 105-107.

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