O
crescimento do tênis brasileiro possui nome e sobrenome.
Os
esportes segundo Gaya (2006) estão divididos em quatro segmentos: o esporte de
alto rendimento, o esporte escolar ou como meio para educação, o esporte de
lazer e o esporte de reabilitação. Por conta dessa divisão, os adeptos buscam
as práticas com objetivos distintos, dando ao esporte um significado plural e
com diferentes sentidos (CORTELA et al, 2012). Os autores ainda afirmam que o
número de praticantes na sociedade contemporânea cresce cada vez mais.
O tênis não é exceção quando o assunto é o crescimento no
número de adeptos. Segundo Hirota et al (2011) o tênis é um dos esportes que mais
cresceram nos últimos anos, se tornando umas das modalidades mais praticadas no
mundo (CORTELA et al, 2012). Segundo Teles e Salve (2004) o Brasil sofreu um
aumento na demanda pela prática do tênis, após a vitória do brasileiro Gustavo
Kuerten em Rolland Garros, em 1997. Após o título de 1997, vieram mais o de
2000 e de 2001 no mesmo local. Essas inesquecíveis conquistas do brasileiro
impulsionaram o mercado interno, criando um movimento chamado de “Era Guga”, no
qual se observou um aumento significativo no número de adeptos (MUELLER,
MIRANDA, 2006).
Após a “Era Guga” as quadras públicas, de escolas e clubes
estão cada vez mais cheias e concorridos, as acadêmias de tênis têm cada vez
mais alunos interessados em aprender esse esporte (TELES, SALVE, 2004). Porém segundo
Muller e Rodrigues (2009) o tênis ainda é considerado um esporte de elite,
sendo restrito a uma pequena parcela da população. Além dessa limitação citada,
a escassez de profissionais capacitados têm ausentado o tênis do ambiente
escolar, deixando de atender uma enorme parcela da população (DIAS, 2002).
Apesar da modalidade conter alguns empecilhos para a continuidade do seu
crescimento, fica evidente que o tênis brasileiro é um antes da “Era Guga” e,
outro após as conquistas do tenista.
Referências
GAYA, A. Corpos esportivos:
O esporte como campo de investigação científica. In: TANI, G.; BENTO, J.O.;
PETERSEN, R.D.S. Pedagogia do desporto.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. p. 101-112.
CORTELA, C.C.; et al.
Iniciação esportiva ao tênis de campo: um retrato do programa play and stay à
luz da pedagogia do esporte. Revista da
Faculdade de Educação Física da UNICAMP, v.10, n.2, p.214-234, ago 2012.
HIROTA, V.B.; et al. A
influência da origem motivacional durante o treinamento de atletas iniciantes
no tênis de campo. Revista Mackenzie de
Educação Física, v.10, n.2, 2011.
TELES, W.A.; SALVE, M.G.C.
Qualidade de vida através do tênis. Movimento
& Percepção, v.4, n.4, p.28-39, dez 2004.
MUELLER, J.; MIRANDA, M.
Tênis. In DA COSTA, L. Atlas do esporte
no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2006. p. 8.70-8.72.
MUELLER, J.; RODRIGUES, O.A.F.
O tênis nas escolas: uma prática apropriada a cultura escolar. In: BALBINOTTI,
C. et al. O ensino do tênis: novas
perspectiva de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2009. p. 61-79.
DIAS, J. M. et al. O ensino
e aprendizagem de Tênis nos cursos de Educação Física. In: JORNADA INTERNACIONAL DE TREINAMENTO E ORGANIZAÇÃO DO TÊNIS, 4.
Florianópolis, 2002. Anais... Florianópolis: NETEC, 2002. p. 105-107.
Nenhum comentário:
Postar um comentário