sexta-feira, 30 de outubro de 2015

A importância de profissionais para prevenção de lesões em praticantes de corrida de rua.

            Atualmente, existe uma crescente onda de campanhas recomendando a prática de atividades físicas. Uma dessas atividades é a corrida de rua, segundo Pazin et al (2008) essa atividade física tem aumentado significativamente nos últimos anos em todo o país. A corrida de rua torna-se popular, pois é um esporte de baixo custo e de fácil adaptação (OLIVEIRA; et al, 2012). Truccolo, Maduro e Feijó (2008) no seu estudo, relatam que o aumento do condicionamento físico e a saúde, são os principais fatores que levam os indivíduos a praticarem a corrida de rua.
            Segundo Pazin et al (2008) a prática da corrida de longa duração traz uma série de benefícios aos praticantes, porém existem implicações negativas. No caso de corredores amadores, as lesões são comuns tendo prevalência entre 14 e 50% ao ano (PAZIN; et al, 2008). Segundo Fredericson e Misra (2007) boa parte dos problemas oriundos dessa prática podem ser evitados por meio de uma adaptação adequada ao treinamento. Segundo American Heart Association (1986) a participação indiscriminada é preocupante, pois o estado físico do indivíduo deveria ser melhor avaliado, uma vez que é definido como um fator de risco primário ou maior para doença coronariana. Para evitar esses problemas, é necessário uma preescrição e um acompanhamento de um profissional da área.
            Além do acompanhamento de um profissional de educação física, existe a necessidade do auxílio de um(a) nutricionista para prevenir lesões, pois segundo Oliveira et al (2012) a nutrição na prática da corrida de rua, é um dos fatores que influência na perda de desempenho e nas lesões dos praticantes. Goston e Mendes (2011) observaram no seu estudo que o consumo de macronutrientes nos praticantes de corrida de rua, estão abaixo do recomendado, sendo inadequado para a prática. Os autores ainda afiram que uma dieta pobre em carboidrato pode afetar a massa muscular, ocasionando em baixas reservas de glicogênio no músculo, aumentando o risco de fadiga, entre outros problemas.
            Para concluirmos, concordando com Oliveira et al (2012), que chama atenção no seu estudo para a necessidade de formar uma equipe de multiprofissionais para atender praticantes de corrida de rua, auxiliando-os na prevenção de lesões.



Referências

PAZIN, J.; et al, Corredores de rua: características demográficas, treinamento e prevalência de lesões. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano, v.10, n.3, p.277-282, 2008.

OLIVEIRA, D.G.; et al. Prevalência de lesões e tipo de treinamento de atletas amadores de corrida de rua. Corpus et Scientia, v.8, n.1, p.51-59, jun 2012.

TRUCCOLO, A.B.; MADURO, P.A.; FEIJÓ, E.A. Fatores Motivacionais de adesão a grupos de corrida. Motriz, v.14, n.2, p.108-114, jun 2008.

Fredericson M, Misra AK. Epidemiology and an etiology of marathon running injuries. Sports Med, v.37, n.5,  2007.
American Heart Association. Statement on exercise, 1992.

GOSTON, J.L.; MENDES, L.L. Perfil nutricional de praticantes de corrida de rua de um clube esportivo da cidade de Belo Horizonte, MG, Brasil. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v. 17, n. 1, p. 13-17, fev 2011.


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