As
mudanças nos estilos do salto em altura
O surgimento do atletismo segundo
Dornelles (2008), foi graças as habilidades necessárias para a sobrevivência do
homem primitivo. O autor trás como exemplo a corrida para perseguir sua caça,
os saltos para fugir dos predadores e os lançamentos de objetos, como paus e
pedras, para atacar animais. Por conta dessa história primitiva, o atletismo é
a única modalidade que esteve presente em todas as versões das Olimpíadas,
desde a antiguidade, idades moderna e contemporânea (GEMENTE, 2010).
Segundo Gemente (2010) o atletismo é
definido como um esporte com provas de pistas (corridas), de campo (saltos e
lançamentos), provas combinadas, como decatlo e heptatlo (que reúnem provas de
pista e de campo), o pedestrianismo (corridas de rua, como a maratona),
corridas em campo (cross country), corridas em montanha e marcha atlética. Cada
modalidade possui sua trajetória, com suas origens e mudanças (MIRANDA, 2007).
No salto em altura, existem
diferentes estilos, técnicas ou formas de transposição do sarrafo, como por
exemplo o estilo tesoura, o “rolo ventral” e o “Fosbury Flop”, utilizado por
Richard Douglas Fosbury em 1968, nos Jogos Olímpicos do México (MATTHIESEN,
2010) e, que é o mais utilizado atualmente.
As mudanças existiram, e com a evolução dos estilos os atletas
perceberam que conseguiam superar suas marcas e, melhorar seus saltos. Porém
alguns autores afirmam que as fases para o salto continuam as mesmas, mudando
apenas o modo de aplica-las, sendo elas a corrida de aproximação, vôo e a
queda.
Segundo Dangelo e Fattini (2007), no
estilo “Fosburi Flop”, na corrida de aproximação o atleta realiza uma curva,
acelerando na primeira parte (reta) e controlando a velocidade (atingindo uma
velocidade ótima) na segunda parte (curva). Na primeira parte da fase vôo (enquanto o atleta está subindo), a posição do final da chamada deve ser mantida e o braço do lado da perna livre é lançado para cima paralelamente ao sarrafo. Ao passar por cima do sarrafo o atleta deve arquear as costas e baixar as pernas e a cabeça, tentando ficar o mais descontraído possível. A fase da queda é feita sobre as costas e o seu principal objetivo é evitar lesões. Esse salto é o mais evoluído tecnicamente e, por sua vez o mais utilizado entre os atletas atualmente.
Referências
DORNELLES, L.A. Atletismo. Caderno Universitário da Disciplina
Atletismo. Gravataí, RS: ULBRA, 2008.
DANGELO, J. G.; FATTINI, C.
A. Anatomia humana sistêmica e
segmentar. São Paulo: Editora Atheneu, 2007.
GEMENTE, F. F. Apostila de Licenciatura em Educação Física
na modalidade a distância UFG, 2010.
MATTHIESEN, S. Q. Atletismo: teoria e prática. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.
MIRANDA, C.F. Como se vive de Atletismo: um estudo sobre
profissionalismo e amadorismo no esporte, com olhar para as configurações
esportivas. 2007. 136 f. Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento
Humano) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre 2007.
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