sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Basquete de rua

            O streetball, conhecido no Brasil como basquete de rua, surge nos guetos novaiorquinos na década de 70. Segundo Oliveira Filho (2006), o streetball emergiu nas praças e ruas dos bairros da periferia das grandes cidades americanas. O autor ainda afirma que as partidas eram feitas em quadras abertas, parques, embaixo de viadutos, mas sobretudo na rua. O streetball surge no mesmo lugar e ao mesmo tempo em que o movimento hip hop dava seus primeiros passos, pois segundo Jesus e Votre (2012) o basquete de rua está associado ao movimento hip hop e geralmente é praticado ao som do rap.
Segundo Canan e Silva (2013), o basquete de rua pode ser caracterizado sob duas concepções: prática informal do basquetebol tradicional; ou prática própria, que detém elementos do basquetebol tradicional, mas diferencia-se do mesmo em alguns aspectos, possuindo signos e códigos próprios. De acordo com Jesus e Votre (2012) são utilizadas as regras básicas do basquete convencional. Mas há diferenças como por exemplo: é jogado apenas em meia quadra, tendo apenas uma tabela (OLIVEIRA FILHO, 2006).
O street ball  possui como principal característica os movimentos, que se tornam mais importantes do que a marcação da própria cesta (JESUS, VOTRE, 2012). No basquete de rua predomina o caráter lúdico do jogo, com a liberdade de movimentos e improvisação, o que é pouco admitido no basquete tradicional (SILVA, CORREIA, 2008). Segundo Jesus e Votre (2012) são mais valorizados o estilo, a habilidade e a criatividade do jogador do que a altura para o jogo, pois as jogadas de efeito são o ponto alto do esporte, com o uso de recursos para “desconsertar” o adversário.
Atualmente a modalidade conta com inúmeros praticantes e, com competições nacionais e internacionais. Podemos citar como exemplo a liga internacional de basquete de rua, que foi denominada de Reis da Rua. Segundo Jesus e Votre (2012), a liga foi criada em 2009, pela CUFA (Central Única das Favelas). Os autores ainda relatam que o campeonato nacional contempla o público feminino e juvenil, porém ainda em menor número em relação as equipes masculinas.



Referências

OLIVEIRA FILHO, A. História do streetball. Rio de Janeiro, dezembro, 2006.

JESUS, A.C.A.; VOTRE, S. Basquete de rua na cidade do Rio de Janeiro. Pensar a Prática, v.15, n.4, p.933-947, dez 2012.

CANAN, F.; SILVA, R.V. Considerações histórico-sociológicas acerca do basquete de rua e suas possíveis relações com a educação física escolar. Caderno de Educação Física e Esporte, v.11, n.1, p.65-77, jun 2013.

SILVA, C. A. F.; CORREIA, A. M. Espetáculo e reflexividade: a dimensão estética do basquete de rua. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v. 30, n. 1, p. 107-122, 2008.


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