Basquete
de rua
O streetball, conhecido no Brasil como basquete de rua,
surge nos guetos novaiorquinos na década de 70. Segundo Oliveira Filho (2006),
o streetball emergiu nas praças e ruas dos bairros da periferia das grandes
cidades americanas. O autor ainda afirma que as partidas eram feitas em quadras
abertas, parques, embaixo de viadutos, mas sobretudo na rua. O streetball surge
no mesmo lugar e ao mesmo tempo em que o movimento hip hop dava seus primeiros
passos, pois segundo Jesus e Votre (2012) o basquete de rua está associado ao
movimento hip hop e geralmente é praticado ao som do rap.
Segundo
Canan e Silva (2013), o basquete de rua pode ser caracterizado sob duas
concepções: prática informal do basquetebol tradicional; ou prática própria, que
detém elementos do basquetebol tradicional, mas diferencia-se do mesmo em
alguns aspectos, possuindo signos e códigos próprios. De acordo com Jesus e
Votre (2012) são utilizadas as regras básicas do basquete convencional. Mas há
diferenças como por exemplo: é jogado apenas em meia quadra, tendo apenas uma
tabela (OLIVEIRA FILHO, 2006).
O
street ball possui como principal
característica os movimentos, que se tornam mais importantes do que a marcação
da própria cesta (JESUS, VOTRE, 2012). No basquete de rua predomina o caráter
lúdico do jogo, com a liberdade de movimentos e improvisação, o que é pouco
admitido no basquete tradicional (SILVA, CORREIA, 2008). Segundo Jesus e Votre
(2012) são mais valorizados o estilo, a habilidade e a criatividade do jogador
do que a altura para o jogo, pois as jogadas de efeito são o ponto alto do
esporte, com o uso de recursos para “desconsertar” o adversário.
Atualmente
a modalidade conta com inúmeros praticantes e, com competições nacionais e
internacionais. Podemos citar como exemplo a liga internacional de basquete de
rua, que foi denominada de Reis da Rua. Segundo Jesus e Votre (2012), a liga
foi criada em 2009, pela CUFA (Central Única das Favelas). Os autores ainda
relatam que o campeonato nacional contempla o público feminino e juvenil, porém
ainda em menor número em relação as equipes masculinas.
Referências
OLIVEIRA FILHO, A. História do streetball. Rio de Janeiro,
dezembro, 2006.
JESUS, A.C.A.; VOTRE, S.
Basquete de rua na cidade do Rio de Janeiro. Pensar a Prática, v.15, n.4, p.933-947, dez 2012.
CANAN, F.; SILVA, R.V.
Considerações histórico-sociológicas acerca do basquete de rua e suas possíveis
relações com a educação física escolar. Caderno
de Educação Física e Esporte, v.11, n.1, p.65-77, jun 2013.
SILVA, C. A. F.; CORREIA, A.
M. Espetáculo e reflexividade: a dimensão estética do basquete de rua. Revista Brasileira de Ciências do Esporte,
v. 30, n. 1, p. 107-122, 2008.
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