quarta-feira, 2 de setembro de 2015

Lesões no Handebol

Lesões no Handebol

Segundo Hespanhol Junior et al (2012), o handebol é um esporte que propicia movimentos de corridas, saltos e arremessos, tendo como objetivo, a marcação de gols. Para alcançar este objetivo os atletas devem combinar técnicas ofensivas, tendo como exemplo o passe, a recepção, a finta e o arremesso (REIS, 2006). Em oposição os atletas que defendem, utilizam técnicas defensivas para evitar o gol, podendo citar como exemplo o deslocamento, o bloqueio e a marcação (HESPANHOL JUNIOR, 2012). Porém os atletas de ambos os lados,  tanto para alcançar, quanto para evitar o gol, ficam  em constante contato físico, tornando o handebol um esporte de grandes e constantes colisões.
De acordo com Roquette (1994), os frequentes impactos, são os grandes vilões dos atletas cujo as modalidades possuem fundamentos impactantes. Esses esportes, incluindo o handebol, geralmente envolvem situações de colisões do corpo contra uma superfície externa fixa (ex: queda no solo), e colisões do corpo em movimento com outro corpo (SANTOS et al, 2007). Os autores então afirmam que neste sentido, os esportes que contêm fundamentos que exigem impacto, são aqueles nos quais os praticantes estão mais suscetíveis a lesões.

No caso do handebol esse impacto contra o solo é um dos principais causadores de lesões, seguido pela finta, a marcação, entre outros. Esses causadores citados fazem com que as lesões nos membros inferiores sejam prevalentes, variando entre 11,9% a 67%, contra 7,5% a 40% dos membros superiores (WEDDERKOPP et al., 1997; ASEMBO; WEKESA, 1998). As principais lesões são entorses de tornozelo e as ligamentares do joelho (SANTOS et al, 2007). No caso dos membros superiores, a maioria das lesões ocorrem no ombro, por conta do número excessivo de arremessos realizados pelos atletas (EJNISMAN et al, 2001).

REFERÊNCIAS

ASEMBO, J. M.; WEKESA, M. Injury pattern during team handball competition in east Africa. East African Medical Journal, v. 75, n. 2, p. 113-6, fev 1998.
EJNISMAN, B.; ANDREOLI, C.V. et al. Lesões músculo-esqueléticas no ombro do atleta: mecanismo de lesão diagnóstico e retorno à prática esportiva. Revista Brasileira de Ortopedia, v.36, n.10, p.389-393, 2001.
HESPANHOL JUNIOR, L.C.; GIROTTO, N.; ALENCAR, T.N. et al. Principais gestos esportivos executados por jogadores de handebol. Revista Brasileira de Ciência do Esportes, v.34, n.3, p.727-739, set 2012.
REIS, H. H. B. O ensino do handebol utilizando-se do método parcial. Efdeportes, v. 10, n. 2, fev 2006.
ROQUETTE, J. Sistematização e análise das técnicas de controle das quedas no judô. Revista Ludens, v.14, n.2, p.45-53, jun 1994.
SANTOS, S.G.; DETANICO, D.; GRAUP, S. et al. Relação entre alterações posturais, prevalência de lesões e magnitudes de impacto nos membros inferiores em atletas de handebol. Fitness & Performance, v.6, n.6, p.388-393, dez 2007.
WEDDERKOPP, N. et al. Injuries in young female players in European team handball. Scandinavian Journal of Medicine & Sciences in Sports, v.7, n. 6, p. 342-7, dez 1997.



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