Lesões
no Handebol
Segundo
Hespanhol Junior et al (2012), o handebol é um esporte que propicia movimentos
de corridas, saltos e arremessos, tendo como objetivo, a marcação de gols. Para
alcançar este objetivo os atletas devem combinar técnicas ofensivas, tendo como
exemplo o passe, a recepção, a finta e o arremesso (REIS, 2006). Em oposição os
atletas que defendem, utilizam técnicas defensivas para evitar o gol, podendo
citar como exemplo o deslocamento, o bloqueio e a marcação (HESPANHOL JUNIOR,
2012). Porém os atletas de ambos os lados,
tanto para alcançar, quanto para evitar o gol, ficam em constante contato físico, tornando o
handebol um esporte de grandes e constantes colisões.
De
acordo com Roquette (1994), os frequentes impactos, são os grandes vilões dos
atletas cujo as modalidades possuem fundamentos impactantes. Esses esportes,
incluindo o handebol, geralmente envolvem situações de colisões do corpo contra
uma superfície externa fixa (ex: queda no solo), e colisões do corpo em
movimento com outro corpo (SANTOS et al, 2007). Os autores então afirmam que neste
sentido, os esportes que contêm fundamentos que exigem impacto, são aqueles nos
quais os praticantes estão mais suscetíveis a lesões.
No
caso do handebol esse impacto contra o solo é um dos principais causadores de
lesões, seguido pela finta, a marcação, entre outros. Esses causadores citados
fazem com que as lesões nos membros inferiores sejam prevalentes, variando
entre 11,9% a 67%, contra 7,5% a 40% dos membros superiores (WEDDERKOPP et al.,
1997; ASEMBO; WEKESA, 1998). As principais lesões são entorses de tornozelo e
as ligamentares do joelho (SANTOS et al, 2007). No caso dos membros superiores,
a maioria das lesões ocorrem no ombro, por conta do número excessivo de
arremessos realizados pelos atletas (EJNISMAN et al, 2001).

REFERÊNCIAS
ASEMBO, J. M.; WEKESA, M.
Injury pattern during team handball competition in east Africa. East African Medical Journal, v. 75, n.
2, p. 113-6, fev 1998.
EJNISMAN, B.; ANDREOLI,
C.V. et al. Lesões músculo-esqueléticas no ombro do atleta: mecanismo de lesão
diagnóstico e retorno à prática esportiva. Revista
Brasileira de Ortopedia, v.36, n.10, p.389-393, 2001.
HESPANHOL JUNIOR, L.C.;
GIROTTO, N.; ALENCAR, T.N. et al. Principais gestos esportivos executados por
jogadores de handebol. Revista
Brasileira de Ciência do Esportes, v.34, n.3, p.727-739, set 2012.
REIS, H. H. B. O ensino do
handebol utilizando-se do método parcial. Efdeportes,
v. 10, n. 2, fev 2006.
ROQUETTE, J.
Sistematização e análise das técnicas de controle das quedas no judô. Revista Ludens, v.14, n.2, p.45-53, jun
1994.
SANTOS, S.G.; DETANICO,
D.; GRAUP, S. et al. Relação entre alterações posturais, prevalência de lesões
e magnitudes de impacto nos membros inferiores em atletas de handebol. Fitness & Performance, v.6, n.6,
p.388-393, dez 2007.
WEDDERKOPP, N. et al.
Injuries in young female players in European team handball. Scandinavian Journal of Medicine &
Sciences in Sports, v.7, n. 6, p. 342-7, dez 1997.
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