sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Futsal: a preferência pelo treino coletivo
            
       O futsal é uma das modalidades mais praticadas no Brasil, com forte apelo cultural (RÉ, 2008). Além de ser uma modalidade muito praticada no país, esse esporte está presente em mais de 100 países, já satisfazendo às exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI) para ser reconhecido como esporte olímpico (ARINS; SILVA, 2007). Assim como as demais modalidade, os atletas de futsal também possuem treinos constantes, porém ainda há pouca literatura sobre o assunto.
De acordo com Chagas et al (2005) o perfil motor do jogador de futsal é caracterizado pela realização de inúmeras ações motoras rápidas, com ou sem a posse da bola. Por conta dessa movimentação, os praticantes de futsal necessitam de aspectos físicos como: resistência aeróbia, velocidade, resistência muscular e potência muscular (SANTOS FILHOS, 1995). Porém Smith (1994) chama atenção para o treinamento físico desses atletas, no qual exercícios podem ser recomendados para uns, ao passo que para outros possam ser contra-indicados.
Além dos aspectos físicos, os atletas possuem os aspectos técnicos e táticos. Nesse caso Ré e Barbanti (2006) relatam que o treinamento desses aspectos de forma isolada não apresentará resultados positivos. Arins e Silva (2007) afirmam que os treinos devem ser simulações dos jogos, ou seja, treinos coletivos, pelo fato da similaridade com as situações reais das partidas. Os autores ainda afirmam que desta forma além dos aspectos técnicos e táticos do grupo, os aspectos fisiológicos dos atletas são privilegiados.



Referências

RÉ, A. N. Características do futebol e do futsal: implicações para o treinamento de adolescentes e adultos jovens. Efdeportes, v.13, n.137, dez 2008.

ARINS, F. B.; SILVAS, R. C. R. Intensidade de trabalho durante os treinamentos coletivos de futsal profissional: um estudo de caso. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desemprenho Humano, v.9, n.3, p.291-296, 2007.

CHAGAS, M. H.; et al. Associação entre tempo de reação e de movimento em jogadores de futsal. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v.19, n.4, p.269-275, dez 2005.

SANTOS FILHO, J. L. Preparação Física. Rio de Janeiro. Sprint,  1995.

SMITH, L.K. Avaliação da saúde. In: BLAIR, S.N.; PAINTER, P.; RUSSEL, R.P.; SMITH, L.K.; TAYLOR, C.B. Prova de esforço e prescrição de exercícios. Rio de Janeiro: Revinter,  p.151-155, 1994.

RÉ, A. H. N.; BARBANTI, V.J. Uma visão macroscópica da influência das capacidades motoras no desempenho esportivo. In: SILVA, L. R. R. Desempenho esportivo: treinamento com crianças e adolescentes. São Paulo. Phorte, 2006.


sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Bodyboard: uma breve introdução de sua história

            O bodyboard, de acordo com Amado (2011), é um esporte considerado recente. O autor ainda relata que a modalidade é derivada de uma prática polinésia de surfar deitado em uma prancha feita de “alaias”, uma árvore típica daquela região. Essa prática só se tornou conhecida como modalidade esportiva no início dos anos 70 (SCHEFFER, 2010). A autora afirma que esse fato ocorreu após o então surfista americano Tom Morey partir sua prancha de surfe ao meio, utilizando uma das metade para chegar até a areia, descobrindo assim a sensação de surfar deitado.
            Segundo Andkjaer (2004) após a década de 70 houve um crescimento significativo no desenvolvimento das atividade de aventura, não sendo o bodyboard uma exceção. Nessa mesma década o esporte chegou ao Brasil através de Marcus Cal Kung, no qual o mesmo trás equipamentos de último tipo, para a época, conhecido como Morey Booogie, essa marca ficou tão conhecida que, durante um longo período, deu seu nome à prática (DA COSTA, 2005).
            O primeiro campeonato mundial ocorreu em meados da década de 80 em Pipeline, e o primeiro campeonato no Brasil em Niterói, contendo 16 participantes, entre eles uma mulher (SCHEFFER, 2010). Nesse mesmo período as grandes marcas começaram a fabricar as pranchas no Brasil, não existindo mais  a necessidades  de importá-las. Em 1985 a primeira equipe brasileira participa de um campeonato mundial.
            De acordo com órgãos que dirigem o esporte no mundo, atualmente ele envolve cerca de 2 milhões de praticantes, entre eles 500 mil são mulheres e, 2.500 são atletas federados (SCHEFFER, 2010). Em busca de mais praticantes, existem diversas escolinhas de bodyboard nas praias, podendo essa modalidade ser praticado com equipamento de baixo custo, como pranchas de isopor, conquistando assim adeptos de todas as idades e condições sociais (DA COSTA, 2005).



Referências

AMADO, D. F. L. “Programa de desenvolvimento do bodyboard no concelho da Nazaré”: Estudo de viabilização da implementação do bodyboard como atividade extracurricular no Ext. Dom Fuas Roupinho. 2011. 96 f. Dissertação (Mestre em Lazer e Desenvolvimento Local) – Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física, Universidade de Coimbra, Coimbra. 2011.

ANDKJAER, S. (2004). New trends in outdoor activities in Denmark. In: Internacional Conference on Leisure, Tourism & Sport – Education, Integration, Innovation, Cologne.

SCHEFFER, F. Um olhar sobre o bodyboarding a partir de uma revisão de literatura. 2010. 37 f. TCC (Licenciado em Educação Física) – Escola Superior de Educação Física, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre. 2010.


DA SILVA, L. Atlas do esporte no Brasil: atlas do esporte, educação física e atividade física de saúde e lazer no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005.